Nos últimos dias, você deve ter ouvido falar na taxa Selic. O motivo foi a sua mais recente redução, de 3% para 2,25%, o menor percentual desde a criação da série na década de 1990. Agora a pergunta que muitos fazem: afinal, o que essa tarifa tem de tão importante? A Selic exerce impacto em toda a economia e, por consequência, no financiamento de imóveis.
Antes de tudo, para entender por que isso acontece, é preciso saber como a Selic funciona. É por isso que trouxemos informações para tirar todas as dúvidas sobre a taxa e como influencia o mercado imobiliário.
A sigla Selic significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia. A taxa é definida periodicamente pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), com o propósito de controlar a inflação no Brasil.
Para chegar a uma meta, o Copom leva em conta como é o momento econômico do país, observando aspectos como o câmbio e a inflação. A tarifa, dessa forma, serve de base para outros juros no Brasil, portanto quando está baixa, o crédito fica muito mais barato. O retorno em investimentos na poupança e CDB’s, por exemplo, fica menor, uma vez que ambos possuem a rentabilidade atrelada à taxa de juros.
Para quem ainda não tem um imóvel próprio, poderá realizar o sonho da casa própria com juros baixos.
Quanto mais alta estiver a Selic, maior será o custo de financiamento e, como resultado, há redução de acesso ao crédito para o setor de imóveis. Por outro lado, quem procura um financiamento em períodos de Selic baixa paga menos juros e obtém bom retorno financeiro, uma vez que bens imobiliários são valorizados com o passar do tempo.
Desde o primeiro trimestre de 2020 que a Selic já estava sendo reduzida. Além disso, o crédito imobiliário recebeu muitos incentivos, com o objetivo de movimentar o setor. Entre as medidas, R$43 bilhões foram destinados para os financiamentos, e a Caixa Econômica Federal aumentou o prazo da carência para seis meses. Também para tornar o crédito ainda mais acessível, no começo de junho, uma regra de registro imobiliário foi flexibilizada pelo Conselho Monetário Nacional.
Como você pode perceber, o momento atual é bastante propício ao financiamento imobiliário devido à taxa Selic em queda. Para quem ainda não tem um imóvel próprio, poderá realizar o sonho da casa própria com juros baixos.
Por outro lado, quem deseja comprar como um investimento terá grandes chances de excelente rentabilidade, seja para revender ou alugar. Alguns fatores ajudam a explicar a boa performance do mercado imobiliário, como a queda da Selic para 2,25% ao ano, a taxa mais baixa da série histórica do país. Esse movimento inviabilizou muitas das aplicações financeiras tradicionais e boa parte das pessoas não se aventura a fazer investimentos de maior risco, como na bolsa de valores, por exemplo. Imóveis ainda são considerados ativos mais seguros, com retorno anual na casa de 5%. Nesse mesmo contexto, o investimento em imóveis também se mostrou interessante para quem busca fugir do aluguel.
Um imóvel aumenta o seu patrimônio familiar, oferece segurança em momentos difíceis e ainda, dependendo da região e condições, é valorizado com o tempo. Portanto, seja qual for o seu objetivo com relação a adquirir uma propriedade, aproveite o período.